Nem Nicola Tesla, nem Guglielmo Marconi, nem Padre Roberto
Landell poderiam prever tantas transformações no rádio. Aquele antigo trambolho da casa da vovó ganhou várias formas, tamanhos e está em lugares antes inusitados como telefones, elevadores, ônibus, etc.Tal mídia tem alcance inimaginável e pode atingir públicos diversos. Para isso, basta saber utilizá-la.
Lembro que na faculdade era praticamente impossível não se apaixonar pela disciplina que nos colocava dentro de um estúdio para transmitir informações e pensamentos utilizando nossas vozes. A emoção, a criatividade, a comoção estava sempre presente para fazer o programa do intervalo ser atrativo. Garanto que dava certo!
Mas vem a decepção. Cercado pela idéia de que qualquer um pode fazer (faço link com a não obrigatoriedade de diploma para jornalista), o rádio fica no topo da lista de mídia desvalorizada. Ao nos deparar com o mercado, perdemos o desejo de seguir carreira nesse veículo. Salários baixos, pouco reconhecimento e investimento fazem com que os profissionais migrem para outras áreas, deixando esse centenário meio de comunicação a mercê do amadorismo.
Até mesmo as rádios on-line não fogem da regra (como poderiam?). Das cinco mil estações brasileiras operando pela internet, apenas 5% conseguem superar a falta de preparo*. Não apresentam vantagens nem boas idéias. E não estou falando apenas de músicas. Rádio é muito mais que isso: é informação, entretenimento, educação, dramatização e opinião. E apresenta uma grande vantagem em relação aos outros meios, pois ele não exige do público atenção exclusiva. Você dirige ouvido rádio, você escreve ouvindo rádio, você lava roupa e procura piolho na cabeça do seu filho ouvindo rádio.
Quero dizer que o rádio é ubíquo e que não entendo como uma mídia que se faz tão importante pela sua onipresença não recebe o valor merecido. É preciso abrir os olhos das empresas e fazer com elas percebam que nossos ouvidos já estão abertos. Não podemos parar nossas atividades, mas com o rádio podemos escutá-los sem ter que parar. Tesla, Marconi e Landell ficariam muito orgulhosos se a evolução se estabelecesse.
*Fonte: Revista Rolling Stone, #33, jun2009. Matéria: “Fala... Que Ninguém Escuta”, por Filipe Albuquerque.

Lembro que na faculdade era praticamente impossível não se apaixonar pela disciplina que nos colocava dentro de um estúdio para transmitir informações e pensamentos utilizando nossas vozes. A emoção, a criatividade, a comoção estava sempre presente para fazer o programa do intervalo ser atrativo. Garanto que dava certo!
Mas vem a decepção. Cercado pela idéia de que qualquer um pode fazer (faço link com a não obrigatoriedade de diploma para jornalista), o rádio fica no topo da lista de mídia desvalorizada. Ao nos deparar com o mercado, perdemos o desejo de seguir carreira nesse veículo. Salários baixos, pouco reconhecimento e investimento fazem com que os profissionais migrem para outras áreas, deixando esse centenário meio de comunicação a mercê do amadorismo.
Até mesmo as rádios on-line não fogem da regra (como poderiam?). Das cinco mil estações brasileiras operando pela internet, apenas 5% conseguem superar a falta de preparo*. Não apresentam vantagens nem boas idéias. E não estou falando apenas de músicas. Rádio é muito mais que isso: é informação, entretenimento, educação, dramatização e opinião. E apresenta uma grande vantagem em relação aos outros meios, pois ele não exige do público atenção exclusiva. Você dirige ouvido rádio, você escreve ouvindo rádio, você lava roupa e procura piolho na cabeça do seu filho ouvindo rádio.
Quero dizer que o rádio é ubíquo e que não entendo como uma mídia que se faz tão importante pela sua onipresença não recebe o valor merecido. É preciso abrir os olhos das empresas e fazer com elas percebam que nossos ouvidos já estão abertos. Não podemos parar nossas atividades, mas com o rádio podemos escutá-los sem ter que parar. Tesla, Marconi e Landell ficariam muito orgulhosos se a evolução se estabelecesse.
*Fonte: Revista Rolling Stone, #33, jun2009. Matéria: “Fala... Que Ninguém Escuta”, por Filipe Albuquerque.
Mais na Linha
**Escuto e é bom: www.esculacho.com
Jornalismo com humor na rádio.
**Portal de Rádios do Brasil: http://www.tudoradio.com/
**Escuto e é bom: www.esculacho.com
Jornalismo com humor na rádio.
**Portal de Rádios do Brasil: http://www.tudoradio.com/
H.E
Meu sonho como jornalista era trabalhar em rádio mesmo. Mas, acabei me decepcionando justamente por ser uma carreira pouco valorizada. Também acredito que o rádio é o veículo de comunicação mais próximo da população, tanto que os políticos possuem várias rádios AM para auto promoção.
ResponderExcluirÓtima lembrança. =)
Só corrigindo, o link da tudo rádio é só .com, sem o br, o que por coincidência é de um colega meu da faculdade. Mundo pequeno hehehe
Opa! Valeu!€
ResponderExcluirbeijos
fiquei sabendo ha pouco tempo dessa notícia, da não obrigatoriedade de um diploma de jornalismo para trabalhar nessa área. É mesmo um absurdo!Como uma pessoa sem preparo pode concorrer igualmente com alguem que ralou, que fez uma faculdade?
ResponderExcluirOnde esse mundo vai parar???
Eu sou formado em Rádio e TV pela Faap em São Paulo. Realmente, me corta o coração saber que este veículo de comunicação tão parceiro, tão companheiro de tanta gente é o "primo pobre" dos veículos de comunicação.
ResponderExcluirFalta de investimento, falta de crédito dos anunciantes. E logo ele que é de tamanha credibilidade.
Não importa se ele transmita informações, músicas de gosto duvidoso (há quem goste). Ele é o mais presente e mais próximo de todos.
no banho, no carro, no motel, no tocador de MP3, na rádio corporativa do shopping.
Tem gente que pensa que rádio é um brinquedinho.
Infelizmente não é.
Belo post e uma bela puxada de orelha nos empresarios com pouca visão!!
ResponderExcluirAbç
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluira evolução da tecnologia no decorrer dos tempos faz com que reflitamos sobre o nosso papel em meio a essas transformações...
ResponderExcluirPor ser um fanático por futebol, sempre tive uma vontade ferrenha de cursar Rádio e TV, aliás, ainda pretendo (um dia). Apesar de todo o proguinostico tenebroso que o futuro insiste em revelar para a profissão, fazer o que se gosta, com paixão, ainda supera qualquer coisa!
ResponderExcluirNem tudo é (nem pode ser!)retorno financeiro nessa vida...
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http://bloggalemdoqueseve.blogspot.com
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Viva o velho, porém atualíssimo rádio...Eu o escuto sempre, todas as manhãs. A programação quando não envolve política(algumas rádios são de políticos), envolve religião ( a diocese tem uma rádio).
ResponderExcluirhttp://palavrasdevaneios.blogspot.com/